Pós-agosto

É tanta coisa que eu tenho pra te falar, tanta coisa que eu não consigo entender...
Não é possível que isso seja amor, nem meu, nem seu.. A gente não se ama, não é isso?
Será que o amor que eu criei está errado? Será que aquele amor de novelas e filmes é uma mentira?
Tá vendo como você confundi a minha cabeça...
Uma vez ouvi dizer que quando a gente ama, que quando a saudade é grande não existem empecilhos, será mesmo ou será que você não me ama?
Não adianta vc nunca vai mudar, vai ser sempre o muleque imaturo que ama estar com os amigos, beber uma cerveja e curtir a vida adoidado.
Eu cresci, amadureci e não quero você como alguém pra chamar de amor. Quero alguém do meu lado, quero aquele amor incondicional, aquela saudade que não cabe dentro da gente, quero alguém que me faça chorar de tanto rir e rir nos momentos mais complicados, quero sentir de novo aquele tesão de arrepiar os pelos...
Pelo que sinto você não é capaz de me proporcionar isso e eu não posso mais deixar meu pobre coração sofrendo assim, apertado, magoado.
Você é um excelente amigo, e apenas isso. Não podemos mais confundir mais, já chega.
O amor é feito de esforços, por quem a gente ama vamos "a pé do Rio a Salvador", não existe a frase "mas não dá", no amor tudo dá. E eu mereço alguém que se esforce pra ficar comigo, ou melhor, alguém que não encare um esforço ficar comigo, mas que se for necessário esse esforço seja feito.
E se eu morresse? E se eu não estivesse mas aqui? Me pergunto se em algum momento vc iria sentir falta de verdade? Iria pensar nos momentos que desperdiçou por diversos empecilhos que você criou? Iria lembrar daqueles 20 minutos que você não pode esperar?
Intensidade, eu quero um amor intenso... Eu quero entrega, eu quero paixão... E você o que quer?
Preciso saber, porque não adianta estarmos juntos se nossos desejos não se cruzam.
Talvez no fundo, eu esteja sendo imatura, não saiba entender o seu lado... Talvez, talvez...
Acabou a agosto, acabou a lua de mel e eu tenho que voltar pra vida real... Aceitar que pra você sempre haverá um depois. Mas essa é a questão: Eu preciso aceitar?